A verdadeira história dos 13 Porquês

O Jogo da Baleia Azul que inclusive já foi abordada nesse blog, se tornou algo viral na internet e preocupante para as autoridades mundiais, já que vários adolescentes afirmaram terem participados desse jogo e consequentemente tentado o suicídio.
Atualmente o suicídio tem se tornado uma prática cada vez mais comum em nossa sociedade, principalmente entre os jovens. Nesse sentido, a série da Netflix, Os 13 Porquês, que aborda vários desses temas polêmicos que estão cada vez mais preocupantes dentro da sociedade, tais como a prática de bullying, o estupro e o suicídio, se tornou uma da séries mais comentadas dos últimos tempos!!

O que é os 13 Porquês?

É uma série inspirada no livro de romance de mesmo nome, publicado em 2007, do escritor norte americano Jay Asher. O livro chegou no topo das vendas do famoso jornal The New York Times em julho de 2011.
A história gira em torno de Clay Jensen, um jovem estudante do ensino médio, que recebe 7 fitas cassetes, gravadas por Hannah Baker, contendo os 13 motivos que a levou cometer suicídio.

A cantora e atriz Selena Gomez foi uma das idealizadoras de transformar a história do livro em um filme/série. Ela inclusive, iria interpretar a personagem Hannah Baker, porém por motivos pessoais, resolveu desistir da ideia, para depois assumir o cargo de produtora da série.

A verdadeira história dos 13 Porquês

A série sofreu várias críticas negativas, por supostamente incentivar o suicídio, mostrando esse ato de forma explícita, como a única saída para todos os problemas da personagem.
Na série da Netflix, o suicídio ocorreu de uma forma mais trágica do que a versão original. No livro, Hannah Baker comete o ato através de ingestão de vários comprimidos, já na série, ela corta os pulsos dentro de uma banheira, ou seja, uma cena forte que causa um sentimento bem angustiante!

Cena em que Hannah se prepara para o suicídio

Por conta do tema pesado, boa parte das cenas gravadas foram acompanhadas por psiquiatras e até mesmo utilizados cachorros como terapia de relaxamento.

A série também violou alguns protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS), contra o suicídio, tais como:

1. Não descrever detalhadamente do ato e do método utilizado no suicídio. Devido a repercussão da morte da personagem amplamente divulgada pelas redes sociais, pode servir como um efeito contagioso para indivíduos que tenham algum problema relacionada à depressão;
2. Não romantizar o ato, tal como o romance entre os personagens Clay e Hannah;
3. Não retratar o ato como uma das soluções das dificuldades da vida. Depois de sofrer vários abusos psicológicos e até sexual, Hannah vê o suicídio como a solução de todos esses traumas.

Ou seja, a série não é recomendada para pessoas que sofrem algum problema com depressão, pois elas podem acabar se identificando com a personagem e consequentemente ser influenciadas de alguma forma a seguir o mesmo caminho que ela.

Capa do livro na edição brasileira

Por outro lado, a série também recebeu muitas críticas positivas, por abordar assuntos tão delicados de forma tão aberta, inserido numa narrativa muito bem montada que faz prender o telespectador na frente da TV por horas.

1.  É uma série que serve para as pessoas refletirem no modo como se interagem com outras pessoas, em como elas podem fazer a diferença na vida de alguém, seja para o bem ou para o mal;
2. É uma lição que nem sempre as pessoas mais descoladas da sala de aula e as mais bonitas são as melhores opções de se relacionarem. Muitas vezes seu amigo(a) tímido e não tão bonito(a), mas que te respeita, pode ser realmente a sua melhor companhia e que realmente quer o seu bem;
3. Serve também como uma lição aos praticantes de bullying ou de qualquer outra ação que vá prejudicar outra pessoa, pois este poderá sofrer graves punições e guardar consigo um peso enorme na consciência para o resto da vida;
4. O tema polêmico serviu também como uma forma de conscientização que deu certo, pois segundo um centro que ajuda pessoas com problemas psiquiátricos, após o lançamento da série, aumentou drasticamente a procura por ajuda. Isso é muito importante, pois várias pessoas que sofrem com esse problema, geralmente não querem compartilhar esse momento difícil com outros. Os assuntos abordados começaram a serem debatidos com mais frequencia na mídia, nas escolas, nas famílias, etc.